Cartas de Amor aos Mortos – O momento em que Ava Dellaira nos uniu pela dor.
#Camila aqui, gente! Pega seu café, hoje tem resenha! 🙂
Esse livro começa com uma história que a princípio você pode achar meio boba e até normal – em relação a demanda cliché do mercado literário. Porém, de uma forma simples a Ava Dellaira fala sobre sentimentos. MAAAS!!! Aqui nesse livro encontramos um assunto que normalmente as pessoas não querem falar (e muito menos entrar em contato): as perdas. A história de Laurel é um carregado de: emoções, conflitos, solidão, saudade, dor, culpa, sofrimento e coragem.
O livro mostra que aqueles que já se foram nos deixam alguma lição – e estão presentes em nossas vidas de alguma forma. Através das cartas do livro, Laurel busca realizar uma conexão entre a sua história e personalidade com a dos ídolos – Ava Dellaira realizou isso de uma maneira fantástica, uma conversa doce e quase íntima. Acredito que esse livro prenda o leitor justamente por falar de morte, é como se fossemos encontrar algum segredo nele, sabe? De como aprender a lidar com esse tema – mesmo que isso seja muito pessoal, é uma ação quase que incontrolável de querer proteger a Laurel e dizer “vem aqui, me conta suas dores! Quero te proteger. Me deixa sentir isso”.
Uma sacada sensacional da Dellaira foram os mortos ídolos (ou quase isso) que ela escolheu para colocar na história! É algo que viaja por alumas gerações. Ela estabelece uma conexão incrível entre Laurel e: Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Allan Lane, Judy Garland e até Amelia Earhart.
De certa forma, a leitura do livro faz com que você reviva suas perdas, suas questões e sentimentos. A poesia do livro está nos detalhes. Mostra como amizade e novos ambientes podem te ajudar a superar algo ou você se mostrar para o mundo. E o mais importante: a beleza de permitir-se entrar em contato com a sua própria dor. ❤
E por fim, fica aqui uma das frases do livro que marquei (sim, marco meus livros – todos):
“…talvez tenha a ver com o estranho limite entre tristeza e alegria” p.45